Está disponível para consulta, desde 31 de julho de 2020, a série Compromisso pela Ciência Aberta, composta por seis vídeos que tratam sobre diferentes nuances do tema. Os registros fazem parte dos resultados entregues pelo Marco 4 do Compromisso 3 do 4º Plano de Ação Nacional em Governo Aberto. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é uma das instituições participantes desse marco.
A Parceria para Governo Aberto (do inglês, Open Government Partnership – OGP) é uma iniciativa internacional que busca difundir e incentivar práticas governamentais relacionadas à transparência, ao acesso à informação pública e à participação social. O Brasil apoia e integra a iniciativa desde seu lançamento, em 2011, juntamente com os demais países cofundadores (África do Sul, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, México, Noruega e Reino Unido).
Atualmente, quase 80 países integram a parceria. As ações relativas à OGP são operacionalizadas por meio de planos de ação nacionais – criados pelos próprios países membros, com foco nas temáticas que julgam mais relevantes, e têm duração de dois anos.
No Brasil, o 4º Plano de Ação Nacional, lançado em outubro de 2018, é composto por 11 compromissos, entre eles o Compromisso 3 – conhecido como Compromisso pela Ciência Aberta –, que teve como objetivo estabelecer mecanismos de governança de dados científicos para o avanço da Ciência Aberta no Brasil.
O Marco 4, coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com CAPES, Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e Embrapa, comprometeu-se a promover ações de sensibilização, capacitação e participação em Ciência Aberta. A série de vídeos é um dos produtos das ações de sensibilização.
Patrícia Silva, ex-coordenadora-geral do Portal de Periódicos CAPES, explica no quarto vídeo o que se espera das agências de fomento nesse processo: "a Ciência Aberta se encontra em franca expansão ao redor do mundo; ela se tornou um dos temas prioritários da agenda científica internacional. O papel das autoridades públicas é promover a abertura da pesquisa – sobretudo, daquela financiada com recursos públicos”.
Vídeo 1 - O movimento da Ciência Aberta
Sarita Albagli (Ibict), Bianca Amaro (Ibict), Maíra Murrieta (MCTI) e Patrícia Bertin, apresentam as vantagens, as contradições entre o compartilhamento de dados e a propriedade intelectual, as vertentes da Ciência Aberta, os requisitos necessários para o compartilhamento dos dados de pesquisa, além dos resultados alcançados pelo Compromisso 3.
Vídeo 2 - Gestão de dados de pesquisa e princípios FAIR
Luana Sales (Arquivo Nacional) e Luís Fernando Sayão (CNEN) destacam que o compartilhamento de dados só é possível quando possuem significado e, para isso, precisam ser curados e gerenciados. Eles respondem ao questionamentos como: o que, quando e como compartilhar? Como garantir que o pesquisador será citado e creditado? As questões são respondidas em dez passos ilustrados por Luís Fernando Sayão.
Vídeo 3 - A Ciência Aberta na perspectiva dos editores científicos
Vídeo 4 - A Ciência Aberta na perspectiva das agências de fomento
A perspectiva da Ciência Aberta nas agências de fomento e editoras científicas é tratada nos vídeos 3 e 4. Adriana Tonini (CNPq), Patrícia Silva (CAPES), Abel Packer (SciELO), Germana Barata (ABEC) falam sobre as ações executadas por esses dois atores importantes para o avanço da Ciência Aberta no Brasil.
Vídeo 5 - Interoperabilidade e infraestrutura tecnológica na Ciência Aberta
Carolina Felicíssimo e Leandro Ciuffo, ambos da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), e Washington Segundo, do Ibict, protagonizaram o quinto tópico da série. O vídeo registra as ações adotadas para implantação de uma infraestrutura tecnológica que suporte um ecossistema de repositórios de dados abertos de pesquisa no Brasil e sobre os desafios e recomendações às instituições de pesquisa e desenvolvimento para implantação dos repositórios de dados de pesquisa.
Vídeo 6 - A experiência da Ciência Aberta na pesquisa científica
André Siqueira (Fiocruz), Michelli Costa (Universidade de Brasília), Daniela Maciel (Embrapa) e Eduardo Dalcin (Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico do Rio de Janeiro) encerram a série com relatos das experiências vividas por eles e suas instituições na abertura dos dados de pesquisa.
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