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Divulgação Científica

Químico estuda composto com aplicações em materiais inteligentes

25/Sep/2024

Gustavo Henrique Weimer é doutorando no Núcleo de Química de Heterociclos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Como bolsista da CAPES, ele participou do Programa Doutorado-Sanduíche no Exterior (PDSE) e teve a oportunidade de realizar pesquisas na Universidade de Múrcia, na Espanha. Atualmente, Gustavo investiga compostos chamados rotaxanos, que têm potencial para aplicações em dispositivos de armazenamento de dados e sensores moleculares, sistemas de liberação controlada de fármacos e materiais inteligentes, como motores moleculares acionados por luz. Além disso, Gustavo foi selecionado para atuar como embaixador acadêmico da Chemical Abstracts Services (CAS), onde representa a instituição em eventos acadêmicos e compartilha suas experiências com outros estudantes de pós-graduação.

 

Sobre o que é a sua pesquisa?

Minha pesquisa envolve duas vertentes principais: Química Supramolecular e Engenharia de Cristais. No grupo de estudo, buscamos compreender os sistemas complexos formados por moléculas-componentes que se relacionam entre si por interações intermoleculares. Para esse entendimento, um dos modelos de estudo utilizados são os rotaxanos, que são moléculas constituídas por um ou mais componentes moleculares. O trabalho se baseia na síntese de modelos de rotaxanos que apresentam movimentos de translação e rotação, com o objetivo de compreender estes movimentos em solução, utilizando técnicas de Ressonância Magnética Nuclear em Temperaturas Variadas.

 

O que você destacaria de mais relevante na sua pesquisa? 

Os modelos de rotaxanos são estruturas muito interessantes para a pesquisa, pois apresentam movimentos moleculares e estão conectados pela ligação mecânica. O estudo demonstra que as interações agem similarmente à um “lubrificante” em uma máquina, facilitando, ou não, o movimento de um componente em relação a outro. Existem poucos grupos no Brasil que trabalham com esse tipo de molécula, e nós desenvolvemos uma pesquisa que tem se destacado cada vez mais em nível mundial.

 

De que forma a sua pesquisa pode contribuir para a sociedade?

Atualmente, a pesquisa com máquinas moleculares, especialmente os rotaxanos, está em expansão, embora ainda seja uma área relativamente recente. Em 2016, três pesquisadores receberam o Prêmio Nobel de Química por estudos semelhantes, o que destacou o crescimento e a relevância emergente desse campo. Espera-se que esses compostos sejam aplicados em dispositivos como sistemas de armazenamento de dados e sensores moleculares, sistemas de liberação controlada de fármacos e materiais inteligentes, como motores moleculares acionados por luz. No entanto, assim como em outras descobertas significativas, como a internet, a pesquisa fundamental é crucial para explorar plenamente o potencial desses compostos.

 

De que forma a bolsa da CAPES contribui para sua formação?

As agências de fomento são essenciais para o desenvolvimento da ciência no país. Ao longo da minha trajetória acadêmica, fui bolsista do CNPq e, recentemente, fui contemplado com uma Bolsa PDSE-CAPES/PrInt, que me possibilitou realizar parte do meu doutorado na Espanha, em um grupo de pesquisa de extrema relevância internacional. Tive a oportunidade de conhecer pesquisadores cujos nomes eu acabei de conhecer através de artigos científicos que consultei em minhas buscas de referência. Adquiri o conhecimento necessário para dar continuidade à minha pesquisa no Brasil e aprimorar minhas habilidades como pesquisador. A importância da CAPES é imensa; sem a bolsa PDSE, eu não teria conseguido realizar essa experiência. Além disso, espero continuar publicando artigos científicos em parceria com o grupo da universidade espanhola, que sempre tem muito a contribuir. Isso só será possível se novas oportunidades, como a que eu recebi, continuar sendo oferecidas.

 

 

 

 

 

Legenda das Imagens:

Banner: (Canva)

Imagem 1: Gustavo Henrique Weimer (Arquivo pessoal)

Imagem 2: Grupo de Pesquisa da UFSM (Arquivo pessoal)

Imagem 3: Grupo de Pesquisa da Universidade de Murcia, na Espanha (Arquivo pessoal)

 

Com informações: CGCOM/CAPES

 

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